segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O corpo (e)material

  Sempre pensando, assim é o homem. É o fascínio em desmentir tal enunciação que a torna mais verdadeira e auto-elucidativa. Basta uma singela lembrança para que brotem sorrisos aliados a rostos e gargalhas; que surjam também lugares, nos quais, embora seja certa a sua localização, as imagens emergentes são sempre fluídas e mutáveis; e que, a tudo isso, somam-se jogos e brincadeiras das mais diversas.


  São muitos os caminhos que nos levam ao passado, e neles, a dimensão simbólica e material se revela indissociável. Embora seja no pensar que o campo de enfrentamento apareça, eles são antagônicos e complementares. Complementares porque a imaterialidade da dança reside na materialidade do seu fazer e na temporalidade em que é feito. E segundo porque a materialidade do que é construído reside na imaterialidade do conhecimento obtido através do processo de experiência.

 
João Paulo Nascimento de Lucena

O corpo (e)material

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Universidade e Sociedade em dialógo


Inscrições abertas para ouvintes no evento Universidade & Sociedade

Com o objetivo de avançar na compreensão do papel da Universidade na formação humana, o evento “Universidade e Sociedade em Diálogo”, em junção com o XI Encontro de Extensão (Enext) e o IV Fórum de Extensão-Pesquisa-Ensino, traz esse ano o tema “Temos fome de quê?”. Promovido pela Pró-Reitoria de Extensão (Proext), a terceira edição do evento acontece nos dias 18 e 19 de outubro.
A mesa de abertura traz como título o tema central do evento: “Temos fome de quê?” Ainda no primeiro dia, serão apresentadas as discussões “Temos fome de indissociabilidade: ensino/pesquisa/extensão” e “Temos fome de ética”. No segundo dia, as mesas terão como temática “Temos fome de dignidade” e “Enfrentamento da miséria e da fome”.
A programação contará ainda com painéis e apresentação de pôsteres abrangendo oito áreas: Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Trabalho. Confira a programação provisória.
O evento é gratuito e fornecerá material e certificado para aqueles que tiverem 70% de participação. As inscrições na modalidade ouvinte podem ser feitas até 30 de setembro para aqueles que desejam receber material e certificado durante o evento. Elas serão realizadas online. Quem desejar pode fazer a inscrição na hora, mas só recebe certificado após o evento.

Mais informações:
Pró-Reitoria de Extensão (Proext)
(81) 2126.8130

proext@ufpe.br
 
LINKS:
http://www.proext.ufpe.br/ (PROEXT)

http://www.proext.ufpe.br/images/documentos/univsociedade/universidade-2001/programacao-prelimina-29-08.pdf (Programação provisória)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coleção Mário de Andrade: religião e magia, música e dança, cotidiano

Alguns dedos de Prosa: conversando sobre Psicologia, Educação Ambiental, Cultura da Paz e Espiritualidade

VIII Bienal do Livro de Pernambuco

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


NA ESTRADA COM ZÉ LIMEIRA 
um filme de Douglas Machado

Sinopse:
Uma equipe de filmagem percorre os Estados da Paraíba e Pernambuco em busca das memórias do poeta e repentista paraibano Zé Limeira [1886-1954]. Nesta viagem pelo Sertão, a procura dessas informações revela a construção do próprio documentário. Suporte digital.

Link do trailer:
http://www.vimeo.com/27882129


Duração: 90min.
Ano de produção: 2011
Contatos: [86] 99875896 – [86] 99814341
e-mail: douglasmachado@gmail.com


Equipe Técnica:
Roteiro e Direção: DOUGLAS MACHADO
Inspirado em um argumento de: JOÃO MARCELLO CLAUDINO
Direção de Produção: GARDÊNIA CURY
Imagens e som direto: DOUGLAS MACHADO e EDUARDO CRISPIM
Edição: DOUGLAS MACHADO e EDUARDO CRISPIM
Trilha sonora original: SÉRGIO MATOS
Musica de abertura: “ZÉ LIMEIRA, MEU POETA” – DE BETO BRITO
Música de encerramento: “NA ESTRADA COM ZÉ LIMEIRA”, de SEBASTIÃO DIAS e ZÉCARLOS DO PAJEÚ
Produção Executiva: JOÃO MARCELLO CLAUDINO
Patrocínio: CONSTRUTORA SUCESSO e HALLEY – GRÁFICA E EDITORA
Apoio Cultural:       NÚCLEO ARIANO SUASSUNA DE ESTUDOS BRASILEIROS
Realização: TRINCAFILMES

Breve entrevista com Douglas Machado


RELEASE: NA ESTRADA COM ZÉ LIMEIRA

  1. Sobre o Zé Limeira
Talvez a minha maior surpresa encontra-se na certa proximidade entre o Zé Limeira da memória das pessoas que entrevistamos e o Zé Limeira descrito no livro de Orlando Tejo [Zé Limeira – O Poeta do Absurdo]. Salvo algumas liberdades poéticas do escritor, a figura alta e carismática se encaixa em ambas versões. A diferença é que o Zé Limeira de Orlando Tejo é uma personagem literária, repleta de exageros [andava somente à pé, mesmo que por 400km; usava 15 anéis nos dedos das mãos; morreu ao cantar a Pavoa Devoradora antes da meia-noite etc]. Essa dualidade está presente em praticamente todos os encontros gravados no documentário.

  1. Locais das gravações do documentário
Como havíamos planejado, foram três semanas de gravação. Sem interrupções. Percorremos pouco mais de 4.000km. Gravamos, sobretudo, na Paraíba. Também fizemos algumas seqüências em Pernambuco. Dos locais visitados, destacamos:
PB: Teixeira, Sítio Tauá, Maturéia, Campina Grande, Prata, Cajazeiras, Triunfo, São João do Rio do Peixe e Fazenda Melancias;
      PE: São José do Egito, Tabira, Piedade, Recife e Itapetim;

  1. Equipamentos usados nas gravações
Tomando partido da presença de Eduardo Crispim na equipe de gravação, usamos uma câmera adicional: a 7-D [Canon]. Ela funcionou, basicamente, como um olhar atento às circunstâncias das filmagens. Por exemplo, enquanto eu operava a XDCAM EX1-R, da Sony, Eduardo fazia uma cobertura dos detalhes desta gravação com a 7-D. Sempre usando uma lente 50mm – com um campo focal mínimo, para resultar em uma textura diferenciada. As duas câmeras trabalharam em Full HD. Quanto ao som, usamos duas fontes simultâneas: um direcional Sennheiser ME66/K6 [shotgun] e um lapela sem-fio, modelo UWP-V1, da Sony. Em alguns momentos, usamos também um Zoom H4n.

  1. Sobre os encontros
Cada conversa sobre Zé Limeira terminava por nos levar a outras pessoas. Como eu já imaginava, algumas foram encontradas, outras não. De qualquer maneira, encontramos bem mais do que estava previsto. E neste tecido da memória oral, costuramos um Zé Limeira que trafega entre os escritos de Orlando Tejo e o que ficou registrado na vida dessas pessoas. Gostaria de ressaltar dois encontros: João Furiba e Pedro Amorim. Ambos tocaram com Zé Limeira nas décadas de 1940 e início de 1950. Vale lembrar, também, Jessier Quirino – que nos recebeu frente ao Campinense Clube, no centro antigo de Campina Grande. Jessier faz parte desta geração de poetas paraibanos que podem ser considerados “limeirenses”.

  1. Sobre a gravação
Todo o trabalho foi regido por gravações sem acertos prévios. Tudo gravado em “primeiro take”, por assim dizer. Isso deu ao documentário um frescor, uma verdade, que certamente vai estar presente na edição. Um dos momentos mais significativos, acredito, foi encontrar – acompanhado por moradores do Sítio Tauá – o local exato onde Zé Limeira morava. Um deles, inclusive, viu, ainda menino, Zé Limeira tocar nesta casa.


Douglas Machado
[Diretor/Roteirista: NA ESTRADA COM ZÉ LIMEIRA]

Proposta Homenagem ao Movimento Armorial


Recife, 6 a 11 de setembro de 2011.
Universidade Federal de Pernambuco

            Exibição de filme e documentários com a presença opcional dos diretores para viabilizar debate sobre as obras. As exibições ocorreriam de 12 às 14 h, na sala de vídeos do hall do Centro de Convenções, da UFPE.


Dia 07-09
            O Senhor do Castelo, de Marcus Vilar. Longa-metragem sobre a vida e obra de Ariano Suassuna. Presença do Diretor, vindo de João Pessoa, PB.

Dia 08-09
            O Engenho de Zé Lins, de Vladimir Carvalho. Longa-metragem sobre a vida e obra de José Lins do Rego (este ano, comemora-se o 110° aniversário de nascimento de José Lins do Rego).

Dia 09-09
            Na estrada com Zé Limeira, de Douglas Machado. Longa-metragem sobre o mistério da vida e da obra de Zé Limeira, poeta popular paraibano. Presença do Diretor.

Dia 10-09
            A Compadecida, de George Jonas. Exibição da primeira versão cinematográfica da peça Auto da Compadecida, realizada em 1968, a partir dos pressupostos da poética armorial. Apresentação e debate conduzidos pelo Prof. Carlos Newton Júnior, da UFPE.